Descubra como a participação do agronegócio no PIB brasileiro fez do Brasil um dos maiores produtores agrícolas do mundo.
O agronegócio brasileiro tem se expandido rapidamente nas últimas décadas, tornando-se uma importante fonte de receita e emprego.
De fato, o agronegócio é responsável por cerca de 28% do PIB brasileiro e gera empregos para 12% da força de trabalho, tornando-se um dos maiores e mais rápidos setores em crescimento do país.
Mas como o agronegócio se tornou uma fonte tão importante de receita e emprego? E quais são algumas das consequências na vida e na economia dos brasileiros? Para entender melhor essas coisas, primeiro precisamos olhar para o começo.
Um olhar mais atento à agricultura no Brasil
Não é segredo que o Brasil é um dos principais exportadores de soja, mas há outros produtos agrícolas importantes também.
Por exemplo, a produção de café no Brasil é responsável por 38% do consumo total de café no mundo.
Já o setor agrícola tem um impacto anual que chega a US$ 100 bilhões por ano, representando 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. E os agricultores também respondem por cerca de 20% do imposto de renda.
É justo dizer que o setor tem desempenhado um grande papel no desenvolvimento do Brasil moderno e a participação do agronegócio no PIB brasileiro tem sido bom para todos os envolvidos.
Afinal, sem agricultura, muitas coisas seriam diferentes. Algumas boas, outras nem tanto. Mas, no geral, tem sido positiva para todos os envolvidos e o Brasil não estaria onde está hoje sem sua indústria do agronegócio.
Embora hoje, cerca de 1/4 do território brasileiro seja adequado para as culturas, com todas as melhorias feitas pelos agricultores ao longo do tempo – como máquinas avançadas e sementes melhores – eles têm conseguido aumentar seu rendimento o suficiente para sustentar o crescimento econômico, sem prejudicar a natureza ao longo do caminho.
As principais características do agronegócio no Brasil
O agronegócio, no Brasil, tem muitas características que o tornam importante:
- Disponibilidade: apenas 10% das terras brasileiras são utilizadas para a agricultura;
- Ambiente favorável, incluindo chuvas abundantes e solo adequado para plantio e disponibilidade de iluminação;
- Clima difícil porque, apesar desse ambiente favorável, o agronegócio brasileiro enfrenta escassez de chuvas, seca, pragas e problemas de doenças entre as culturas;
- Complexidade das produções de longa distância é um problema;
- Diversificação: há uma ampla gama de produtos como frutas, flores, legumes (como cana-de-açúcar), soja e assim por diante;
- Empresas familiares: o que predomina nas fazendas são os descendentes que sucedem os pais;
- Ampliação de tecnologias devido aos avanços da agricultura de precisão: isso cria a necessidade de melhoria de propriedades equipadas com softwares de gestão e até mesmo uso de drones;
- Poder concentrado entre gigantes players resulta em ofertas de baixo preço através de um sistema de oligopólio que diminui a liberdade de compra e venda.
Qual a participação do agronegócio no PIB brasileiro?
Em 2020, o setor agropecuário brasileiro compôs 26,6% do PIB brasileiro, contra 20,5% em 2019, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No ano de 1970, o setor representava apenas 7,5%.
Em valores monetários, o Produto Interno Bruto do Brasil atingiu R$ 7,45 trilhões em 2020. A agricultura representou quase dois terços do PIB do agronegócio em 68%.
Já a pecuária foi responsável por pouco mais de um terço disso, em 32%.
Em 2020, o Brasil exportou US$ 101 bilhões em alimentos e fibras – Superávit foi maior que US$ 80 bilhões
O Brasil tem provado várias vezes que é líder mundial na produção de alimentos suficientes para alimentar não só sua própria população, mas também outros países.
Hoje, o Brasil está entre os três maiores produtores de alimentos e fibras do mundo; no entanto, ocupa o segundo lugar quando se trata de agronegócio – atrás apenas da China.
Em 2020, as exportações somaram US$ 101 bilhões (o segundo maior valor já registrado), tornando este setor um dos principais impulsionadores de sua economia.
Também neste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) constatou que a agricultura foi responsável por quase 50% das exportações do país – com um Superávit de US$ 87,76 bilhões.
Os principais produtos de exportação na época foram soja e outros grãos, seguidos por minério de ferro e petróleo.
Já as exportações de carne foram responsáveis por mais de 10% das exportações agrícolas nesse mesmo período; no entanto, a carne bovina dominou esses embarques devido ao seu alto preço.
Além desses números, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, só em 2020 o país exportou alimentos para mais de 180 países.
A participação do agronegócio no PIB Brasileiro continua forte, e com projeções ainda maiores para os próximos anos.
A agricultura brasileira é o futuro dos alimentos
Segundo a Embrapa, na última década a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos cresceu de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões, com carne, soja, milho, algodão e produtos florestais entre suas exportações mais bem sucedidas.
Olhando para os dados deste século até agora — de 2000 a 2020 —, a produção brasileira de grãos cresceu 210%, enquanto o mundo só viu um aumento de 60%.
E as próximas décadas oferecem muitas oportunidades para a agricultura brasileira também.
Como a população mundial deve atingir 8,5 bilhões até 2030, o Brasil provavelmente continuará sendo um dos maiores produtores e exportadores de alimentos e fibras devido às suas condições climáticas favoráveis.
A Embrapa, ainda prevê que dentro de cinco anos poderá ultrapassar a América como o fornecedor número um de grãos em todo o mundo.
A produção de grãos deve saltar de 270 milhões de toneladas para 318 milhões, o que representa um aumento de 27%, segundo previsões do Ministério da Agricultura.
Além disso, estimativas do USDA indicam que, no período entre 2029-2030, o Brasil será responsável por uma parte substancial da demanda global de produtos; como:
- Soja: 51,98%;
- Carne de frango: 35,3%;
- Milho: 23,2%;
- Algodão: 22,7%;
- Carne suína: 9,7%.
Com uma participação do agronegócio no PIB brasileiro cada vez mais intensa, logo a agricultura brasileira será um dos principais mercados da economia global.
Novas tecnologias são essenciais para o futuro da agricultura
Para ter sucesso, hoje as fazendas devem investir cada vez mais em inovação tecnológica e profissionalização. Por exemplo, eles agora precisam de tecnologia da informação que se tornou importante para os produtores agrícolas devido ao aumento dos custos de produção.
Equipamentos de última geração facilitam a realização até mesmo da tarefa mais simples com facilidade, o que contribui para um aumento em todos os aspectos relacionados à produtividade e eficiência.
Isso, por sua vez, reduz consideravelmente a quantidade de recursos naturais consumidos apenas para a realização dessas mesmas tarefas, como água, energia ou combustível.
Como resultado, isso tem incentivado muitos produtores da zona rural a investir mais e em produtos agrícolas de alta qualidade, como equipamentos, serviços e máquinas top de linha.
Os avanços nessa área são especialmente úteis para quem vende este produto porque facilita a comunicação com as pessoas que compram seus produtos, e claro, novos investidores.
Um dos desafios técnicos que o segmento encontra, porém, é trabalhar ao lado de tecnologias atuais mais avançadas, como agricultura digital, big data, drones, Internet das Coisas e inteligência artificial, a fim de criar um sistema interconectado onde tudo possa ser gerenciado a partir de um ponto central.
As expectativas de diferentes players do agronegócio brasileiro são de modernizar o setor agrícola, impulsionando a produção em áreas já cultivadas, sempre com foco na produtividade e redução de custos.
No entanto, segundo estudo do Ministério da Agricultura, isso só pode acontecer se os investimentos forem feitos em infraestrutura, pesquisa, desenvolvimento e financiamento.
Para acompanhar a competitividade de outros países, como a China e Estados Unidos, essa é, portanto, a única forma viável para a indústria do agronegócio brasileiro sustentar suas taxas de crescimento e manter a participação do agronegócio no PIB Brasileiro mais estável.
Com o Brasil experimentando um boom econômico, os investimentos na indústria do agronegócio estão prosperando
Há uma década, se você tivesse perguntado a qualquer brasileiro sobre investir no agronegócio, ficaria sem respostas. No entanto, a participação do agronegócio no PIB brasileiro cresceu à medida que o Brasil ficou conhecido como um dos mercados emergentes mais quentes do mundo, atraindo a atenção de investidores internacionais.
De fato, com a confiança dos negócios e do consumidor elevada, juntamente com o interesse estrangeiro e os investimentos que chegam ao Brasil do exterior, o agronegócio, sem dúvida, desempenhou um papel enorme na economia brasileira e para o que ela é hoje.
No entanto, quais foram esses motivos?
Em primeiro lugar, o Brasil é considerado um importador líquido de alimentos devido ao seu rápido crescimento populacional e processo de industrialização, que criou novos mercados para a produção de alimentos.
Em segundo, há muitas oportunidades para os investidores se envolverem, pois a maioria das empresas brasileiras dentro do agronegócio são pequenas e médias empresas que precisam de investimento de capital, mas não têm acesso a fontes tradicionais de financiamento (como bancos).
Assim, ao se tornar um investidor ou parceiro dentro dessas empresas, você pode se beneficiar de seu sucesso à medida que elas continuam crescendo ao longo do tempo.
Por fim, outra razão pela qual o agronegócio tem sido tão bem sucedido no Brasil se deve a incentivos governamentais, como incentivos fiscais que facilitam a tomada dos investimentos mesmo nos estágios iniciais de desenvolvimento.
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