Share on facebook
Share on linkedin
Share on email

Manejo integrado de pragas e doenças para cana-de-açúcar

Os insetos e pragas ligados ao solo conseguem causar prejuízos quando não são controlados e, por consequência, atrapalham os elementos que impactam a produtividade e a qualidade da cana-de-açúcar.

Dado isso, as pragas no contexto da cana-de-açúcar significam um dos piores problemas pela numerosidade de perdas que podem causar.

Assim, é indicado implementar o manejo integrado de pragas (MIP), um conjunto de ações que buscam fazer a análise da incidência das pragas, identificação e monitoramento frequente das plantações.

Se adotado o manejo integrado de pragas é possível conseguir a diminuição do alastramento de pragas que são bem comuns nessa cultura.

Pensando nisso, elaboramos um artigo para tratar do conhecimento indispensável sobre manejo integrado de pragas e doenças para cana-de-açúcar.

Continue a leitura!

O que é o manejo integrado de pragas?

O Manejo Integrado de Praga (MIP) consiste em uma série de ações que ajudam na escolha mais apropriada em relação ao controle de pragas.

O MIP pode ser denominado como o emprego de diversos métodos baseados na ciência da proteção das plantações contra as pragas.

Aliás, o manejo integrado de pragas consegue contribuir para que haja a ampliação dos quesitos que fazem com que exista um mortalidade natural das pragas, o que faz com que as pragas estejam normalmente sob controle e tenham níveis bem abaixos do que é considerado capaz de ocasionar prejuízo ecônomico para um produtor rural.

No entanto, para você poder entender com mais clareza o MIP, confira abaixo alguns termos:

  • Nível de Dano Econômico (NDE): é a menor densidade populacional da praga que provoca estrago econômico.
  • Dano Econômico (DE): consiste no número mínimo de danos que as pragas causam e com isso se faz sentido o emprego de ações para controlar as pragas ou acabar com todas de uma vez.
  • Nível de Controle (NC): medidas de manejo precisam ser praticadas para evitar que o NDE surja.
  • Nível de Equilíbrio (NE): um número populacional razoável de uma população da praga que se encontra vivendo em um campo por um grande período de tempo, não impactadas por medidas de controle da praga.

Aliás, o nível de controle (NC) quando alcançado por um grupo muito grande de pragas faz com que seja necessário uma variedade de métodos  para controlar as pragas.

Quais os componentes do MIP?

Atualmente o modelo mais atualizado de MIP trabalha com quatro componentes principais que tratam sobre as mais variadas alternativas de decisões do manejo das culturas.

Aliás, essas opções de decisões do manejo das culturas vão levar em conta as características e os investimentos que são possíveis para cada produtor desenvolver a sua organização que permitirá as melhores tomadas de ações.

A seguir, confira os quatro componentes principais do MIP:

Conhecimento e recurso

Conhecer as alternativas de manejo para certa plantação é fundamental para colocar em vigor o MIP.

Bem como é indispensável saber também a biologia das pragas mais comuns e os possíveis problemas que elas são capazes de provocar às plantas.

Além disso, é interessante tomar conhecimento dos recursos que você tem à disposição e ajustá-los à produção, para tornar viável as melhores decisões.

Planejamento e organização

A princípio quando você já possui o conhecimento e recurso a respeito da cultura que você trabalha, é interessante que você busque colocar em prática o gerenciamento da cultura por via de ações frequentes que fazem parte do seu planejamento e organização.

Quer um exemplo de ações frequentes?

A seguir, veja alguns exemplos de ações frequentes:

  • Coleta de dados sobre do progresso das plantas, dos equipamentos e insumos empregados
  • Monitoramento da quantidade de pragas existentes na sua plantação

Comunicação

Você deve sempre ter conhecimento das fases de produção que ocorrem na sua propriedade rural, e para fazer isso é preciso ter um fluxo de envios e recebimentos de informações.

Mas como você coloca em vigor essa ação?

Se você deseja manter um fluxo de transferência de informações entre as diversas fases de produção, você deve fazer capacitações de tempos em tempos na sua propriedade rural, assim, você conseguirá com que seus funcionários estejam atualizados sobre o manejo responsável associado ao fator da comunicação.

Portanto, ao ter funcionários atualizados você terá à sua disposição uma equipe que pode detectar com mais rapidez as ameaças às suas plantações.

Manejo de pragas

Antes de tudo, o MIP procura fazer com o que controle de pragas e doenças ocorra de uma forma que métodos sejam capazes de equilibrar e administrar com eficiência uma população de pragas e diminuir ataques as plantações, assim, evitar ou diminuir perdas econômicas.

Como deve ser feito o monitoramento da lavoura para identificação das pragas?

Se você deseja possibilitar a identificação da quantidade populacional da praga e com isso ser capaz de tomar a decisão que mais faz sentido para seu perfil, então saiba que o monitoramento da lavoura é indispensável para garantir um bom manejo integrado de pragas.

E é bom pontuar que o monitoramento necessita ser feito durante todo o ciclo de crescimento da cultura, aliás, em determinadas situações o monitoramento acaba precisando ocorrer antes da semeadura.

No sistema de plantio direto, antes de começar a dessecação das plantas daninhas é fundamental que o produtor coloque em vigor o monitoramento dessas regiões.

Assim sendo capaz de tomar conhecimento de como anda o nível populacional das pragas que podem impactar a sua plantação.

Aliás, caso não haja uma detecção correta pode surgir uma tomada de ação errada e um controle não tão bom da praga.

Principais técnicas de controle utilizadas no MIP

Um ponto muito importante sobre manejo integrado de pragas e doenças consiste em que não importa se alcançar o nível de controle desejado, o controle químico de modo algum acaba sendo a primeira alternativa para enfrentar problemas futuros ligados a pragas e doenças na sua plantação.

Por isso, quando você consegue retornar a harmonia biológica de sua plantação, você se torna capaz de não precisar de produtos químicos como último recurso. Logo, você poderá economizar no controle de pragas e fazer com que sua lavoura tenha mais valor.

Logo abaixo veja as principais técnicas de controle que fazem uso do MIP.

Controle cultural

O controle cultural nada mais é do que um método preventivo para defender suas plantações durante certo tempo. Com isso é viável manter um bom equilíbrio entre pragas e predadores naturais.

Veja abaixo como o controle cultural funciona:

  • O momento do plantio deve ser na época certa
  • Certificar que haja uma nutrição adequada tanto para as plantas quanto para o solo
  • Eliminar restos de plantações
  • Colocar em vigor o sistema de rotação de cultura na área

Ao pôr em prática essas e mais outras ações você conseguirá contribuir para que haja uma área que não possua pragas e doenças, bem como assegurará que as plantas fiquem fortalecidas, nutridas e de forma natural sejam resistentes às investidas das pragas.

Controle biológico

O controle biológico tem como foco defender a harmonia entre as quantidades de pragas e de predadores naturais.

Vale pontuar também que o controle biológico no manejo integrado de pragas e doenças pode fazer uso de inseticidas que possuam o Bt ou baculovírus em suas propriedades de fabricação.

Controle por variedade

Uma forma interessante de diminuir custos nas pulverizações é por via do controle por variedade (também pode ser chamado de controle varietal).

Mas o que isso significa? Significa o emprego de variedades alteradas geneticamente (ou transgênicas).

Para deixar mais claro, tome o exemplo da tecnologia Bt que possui característica inseticida, o que possibilita com que o controle das pragas se torne mais simples e tenha um melhor desempenho em uma cultura.

Controle comportamental

A princípio o controle comportamento emprega recursos naturais para capturar as criaturas invasoras de uma cultura como a cana-de-açúcar, com isso faz com que não seja tão preciso colocar agroquímicos na lavoura.

O controle comportamental recorre a medidas de diminuição populacional de pragas, por exemplo:

  • Vegetações repelentes
  • Armadilha luminosa
  • Semioquímicos ( substancias químicas produzidas por organismos que modificam o comportamento de outros seres vivos)
  • Armadilhas com feromônio.

Controle químico

O controle químico adota produtos específicos e seletivos para diminuir as criaturas invasoras de uma cultura. Em outras palavras, provocam danos somente às pragas, assim, não impactam de forma negativa os polinizadores e predadores naturais.

Não apenas isso, a rotação de ingredientes ativos e do modo de ação é essencial para que um produtor rural consiga ter um resultado positivo no MIP durante um período longo.

No entanto, vale pontuar que empregar de forma muito repetitiva um único inseticida permite que o dinheiro empregado nesta estratégia não renda muito, porque as pragas podem ganhar resistência ao uso de um mesmo inseticida.

Além de que, as pragas atacam com mais voracidade à lavoura.

Quer ter acesso a mais conteúdo sobre agronomia sustentável? Então nos acompanhe nas redes sociais para ficar bem informado!


Assine nossa newsletter!

Insira seu e-mail e receba nossos artigos e notícias!

Não enviamos spam! Leia nossa política de privacidade para mais detalhes.

Fale conosco!